Terrorismo: o medo que nos persegue
Vivemos na Europa um tempo de medo. De permanente estado de ansiedade.
O terrorismo indisciplinado, sem regras, por vezes até desorientado na forma como nos aparece, mostra-nos que não estamos seguros.
O terrorismo indisciplinado, sem regras, por vezes até desorientado na forma como nos aparece, mostra-nos que não estamos seguros.
Há muito tempo que vivemos na insegurança de saber quando e como vai acontecer.
Portugal tem escapado a atos de insanidade. Por razões de vária ordem. Mas sobretudo por não termos dimensão de poder, nem económico, nem financeiro nem geoestratégico.
Contudo, apesar de o grau de vigilância ser prioridade nas forças de segurança nacionais, focamos a estratégia nos eventos de massas.
Será, cremos nós, uma boa opção. Mas o medo, esse, persiste. Vive em cada um de nós diariamente. Molda-nos e retira-nos a capacidade de sermos livres num mundo que, depois de ter conquistado liberdades tão importantes, se vê agora confrontado com a fragilidade dessas garantias.
Olhamos para o século XX e vemos que derrubamos muros, aproximamos fronteiras, vencemos extremismos.
Neste século XXI, que ainda nem um quarto cumpriu, desconhecemos o inimigo. Ainda não conseguimos encontrar fórmulas de o vencer. Mas sabemos que se não descobrirmos depressa, podemos bem ter um século de terror a uma escala nunca antes vista, comandado pela tecnologia e à distância de um clique.
Que a História seja registada com outros factos. É apenas o meu desejo.
*Crónica de 12 de junho, na Antena Livre, 89.7, Abrantes, OUVIR.
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