O Caso Spotlight. O filme que mostra a verdadeira natureza do jornalismo.



Vi esta semana, finalmente, O Caso Sportlight. Os factos são públicos há anos, bem como a investigação do Boston Globe que lhe valeu o prémio maior do jornalismo: o Pulitzer. Mais do que a curiosidade sobre como transpôs Thomas McCarthy para a tela a história dos abusos sexuais por parte da Igreja Católica na comunidade de Boston, EUA, queria entrar naquele que é o dia-a-dia desta equipa de investigação. Queria envolver-me, por inteiro, na história que todo e qualquer jornalista adoraria ter contado. Nota 20 para o brilhantismo das interpretações e pela forma como se mostra aos espectadores que o jornalismo dá muito trabalho, que necessita de muito suor, e, sobretudo, que é preciso muito tempo para contar uma boa história. Além disso, dá uma lição de incentivo a todos nós, seja qual for a nossa profissão. Não desistir nunca. Lutar. Fazer aquilo que tem de ser feito. É neste jornalismo de causas, de verdade e de cidadania que eu acredito e ao qual eu quero sempre estar agarrada para nunca me desviar daquilo que me ensinaram a ser: LIVRE, INDEPENDENTE, SEM MEDO DE CEDER A PRESSÕES DAS FONTES ou de outra qualquer NATUREZA. Porque uma fonte, quando é honesta, verdadeira e objetiva, será sempre nossa FONTE. FONTE de todos os leitores. FONTE de uma comunidade inteira. É um dos melhores filmes sobre a profissão que vi até hoje. Está nomeado para melhor filme nos Óscares 2016, melhor realizador, melhor atriz secundária (Rachel McAdams), melhor ator secundário (Mark Ruffalo), melhor argumento original, cuja cerimónia se realiza este domingo, 28 de fevereiro. Estou a torcer por ele! Merece várias estatuetas. Contudo, sabemos bem como funciona a Academia em matéria de atribuições de reconhecimento... A ver. 

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