Feiras de Portugal. Um santuário para políticos.

É um clássico, daqueles que fazem com que a expressão «política à moda antiga» continue a fazer sentido. Falo das feiras que povoam este País, de norte a sul. Somos, provavelmente, um dos melhores países na organização/promoção de eventos locais e regionais, e nos últimos anos, apurámos o dom. E, quando chegam as eleições, estes certames tornam-se numa animação maior, com as visitas de políticos que lá fazem o sacrifício de distribuir beijos, sorrisos e abraços ao tal «Povo» que eles próprios classificam como tal. À semelhança de tantos outros eventos e governantes, hoje lá vai Pedro Passos Coelho, pavonear-se na tradicional Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso, em Montalegre. O espectáculo está garantido, agradando a gregos e troianos. Também Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República e o secretário-geral do PS, António Costa, são promessas do cartaz do evento. As televisões agradecem. Os próprios também, porque saem de lá convictos de que chegaram a mais potencial eleitorado. Provavelmente chegam. Provavelmente não. Seja como for, mesmo no tempo em que a comunicação está a mudar, passando da rua para as redes sociais e as plataformas online, cada vez mais globais, por cá, uma coisa é certa, ninguém quer faltar aos palcos do país real, o mesmo país que durante mandatos de governação é esquecido pelos mesmos que o usam quando lhes convém. Tudo na mesma, portanto. 

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