Tecnoforma. «O copo meio cheio e meio vazio».


O caso «Tecnoforma» assume contornos simbólicos daquilo que é a cultura política, o carácter e as gerações dos profissionais da Ciência Política (ou supostos) formados no pós 25 de Abril. Independentemente das explicações, das prescrições na Justiça e da falta de verdade que, todos os lados, sem excepção, parecem adoptar, a opinião pública, os cidadãos/contribuintes têm direito a uma explicação. Sem margem para dúvidas. Por outro lado, seria desonestidade intelectual não referir que já se tornou um clássico da comunicação social colocar jornalistas ao serviço dos poderes do momento sempre que estamos em vésperas de eleições. O que me chateia, neste último caso, é perceber que a «caça às bruxas» que acaba em tinta fresca de papel de jornal só surge em determinados momentos. No meio dos ciclos eleitorais não há interesse em vasculhar os actos imorais, ilícitos e pouco éticos dos representantes do tal Povo. Foi assim com José Sócrates, Santana Lopes, Durão Barroso, Cavaco Silva e até com António Guterres. É uma espécie de «copo meio cheio, meio vazio». Talvez os politólogos, sociólogos e analistas/comentadores da praça queiram dar-se ao trabalho de investigar, à séria, o chamado primeiro e/ou quarto poder. Talvez. 

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