Europeias 2014. Da Província para a Capital, ficam as memórias de uma vida.




Foram muitos anos a votar em Abrantes, terra que me deu à luz, e que até há pouco tempo fazia questão de lá depositar religiosamente o meu voto em cada estação eleitoral. O que eu adorava fazer aquela tradicional viagem de comboio (sempre de comboio), na linha da Beira Baixa, sempre que chegavam eleições. Pois, essa emoção, essa magia, esse sentido muito próprio com que me relaciono com a política, está prestes a mudar. Por obrigação do Estado português, e as modernices do Cartão de Cidadão, e respectivas obrigações, votarei, pela primeira vez, em Lisboa. Dir-me-ão: mas e não é a mesma coisa? Podia ser, e se calhar, até é. Só que para esta alma que tudo gosta de sentir, que tudo gosta de fazer tendo boas histórias para contar, não, não é a mesma coisa. É um ciclo que se fecha entre mim e a raiz. Esse berço onde aprendi que Ciência e Arte Políticas não são a mesma coisa. Um Província que me lê a mente em todas as viagens que a ela me levam. Seja como for, só uma coisa permanece igual: a campanha eleitoral foi, como todas, vergonhosa, um pouco também, à medida da qualidade dos políticos que vamos tendo. Mas sobre isto, haverá post em breve.

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