Gaspar: o ministro da Troika que votou Soares.


Eu concordo com o Miguel [Sousa Tavares], de que é cedo para julgamentos a Vítor Gaspar e de que o próprio terá, muito cedo, aceitar ser auto-crítico do seu trabalho. Eu, por enquanto, vou lendo a obra da Maria João Avillez, que será hoje apresentada publicamente, e deixo aqui, em tom de registo factual, apenas, a pergunta e resposta da Página 93 que encerra o capítulo «O Espectador»:
P: O «espectador» [Vítor Gaspar] votou no Soares ou no Freitas nas presidenciais de 1985?
R: O espectador não votou. O espectador não vota. Eu, pela minha parte, votei em Mário Soares.

Prometo, no final, se me apetecer, dar a minha opinião sobre esta longa entrevista, agora editada em livro. Mas posso, para já, avançar que tenho dado gargalhadas das boas ao longo da obra. Não só pela postura da ilustre jornalista como pelas respostas do ministro que mais usa a palavra «atempadamente» [até enerva]. Uma coisa é certa, tenho visto muita gente a falar da obra, a criticar, a deitar abaixo. Outra coisa também é certa, essas mesmas línguas, pelos comentários que fazem, percebe-se claramente que nem uma única palavra da obra leram. E por aqui me fico. Julgamentos são legítimos, mas informados e correctos. 

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