Louçã - a saída há muito desejada.

Há muito que a saída de Francisco Louçã, coordenador do Bloco de Esquerda, da linha da frente do partido, era desejada, e acabou por chegar, por carta, esta sexta-feira, aos militantes do partido. Louçã garante que vai concluir o mandato até à  próxima Convenção do BE e assegura que não se recandidatará. Pois bem, entende-se. O BE precisa da tal renovação - e acrescentamos nós, de uma profunda refundação. Mas, o que não se percebe é que Francisco Louçã queira impor a sucessão, manifestando vontade de ver um dos dois deputados do BE, João Semedo e Catarina Martins, à frente desta força política. Bem sabemos que a eleição dos órgãos do partido não é assim tão democrática como acontece noutros núcleos, e eu acho até a ideia que Miguel Portas defendia - de uma direcção bicéfala, podendo ser partilhada por um homem e uma mulher - não funcionará. Sobretudo porque de estilhaço em estilhaço, o BE enfraqueceu nos últimos anos e de forma muito dura em constantes actos eleitorais fracassados. Seja como for, daqui a três meses o bloco terá novo líder. Resta saber se para encarnar a personagem de coveiro ou para fazer o milagre de fazer renascer o Bloco. Como está é que se arrisca a desaparecer eleitoralmente, no máximo, até ao final da década. 

Comentários

Anónimo disse…
tão democrática como acontece noutros núcleos, mas a que núcleos nos estamos a referir?

outros partidos ou outros órgãos? é que se falamos de partidos, as directas têm escassas parecenças com democracia ou com debate

por muito que isso custe, as eleições mais democráticas e debatidas são mesmo as do PCP.

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