Política. Não há puta mais gloriosa que tu.

Pedro Passos Coelho, o candidato (único, diga-se) à liderança do PSD, propõe na sua moção de estratégia global de recandidatura duas coisas que são reveladoras da linha ideológica que o caracteriza. Por um lado, a diminuição do número de deputados, associada a um sistema de «voto preferencial opcional». E depois um Estado-garantia em vez de um Estado-prestador, nas palavras do próprio. A 23, 24 e 25 de Março no congresso de Lisboa saem o resto das espinhas neoliberais. Que a Troika goste e que a São Caetano, como boa súbdita de Passos, preste as devidas honras ao querido líder, que ficará na História por ter colocado em prática, pela primeira vez, na Era Democrática, o verdadeiro programa liberal que sempre caracterizou a ala mais à direita dentro do PSD. Só é pena que nessa mesma História, tenham sido os invasores a incutir a obrigatoriedade da política. Mas, com calma, porque o conto ainda nem a meio chegou. E quem sabe, o argumento deste pesadelo, não tenha um volte-face. 

P.S. - Porque os últimos tempos me têm levado mais intensivamente aos meandros de uma das maiores paixões da minha vida - e aquela que todos por aí odeiam - aqui assumo que, tal como diziam alguns dos grandes pensadores da civilização que agora querem deixar cair, não há puta mais gloriosa que a Política! E não há mesmo.

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