Um 25 de Abril como nunca o vivemos

Belém. Três ex-Presidentes. Um Presidente. Figuras menores e maiores da República e outras por ora loucas que o 25 de Abril produziu. Vivemos tempos difíceis, num contexto como nunca o sentimos. Nos jardins do palácio mais institucional do país, Soares concluiu que «os portugueses viveram acima das suas possibilidades» nestes 37 anos e que se registou o abandono dos campos e da indústria mercante, numa total irresponsabilidade dos líderes europeus em resolverem a crise que se abateu sobre solo europeu, em especial, em Portugal. O apelo ao diálogo entre partidos e parceiros sociais foi o mote final deixado por Soares antes do discurso de Ramalho Eanes. E, para Eanes, «o regresso da fome lavra por todo o país». «A democracia é uma aquisição e não algo definitivo», frisou lembrando que os partidos «não souberam dar as respostas adequadas». «Habituados à passividade cívica, assim procedemos todos», lamentou Eanes. Já Jorge Sampaio vincou que a hora «exige tudo de todos nós» e é de «coragem, sensatez e resistência». Por fim, o actual Presidente falou da necessidade de «união entre os portugueses» bem como de criar consensos e entendimentos partidários no pós-eleições de 5 de Junho. Cavaco Silva admitiu compreender a desilusão dos portugueses depois das «esperanças» criadas com o 25 de Abril de 1974 e deixou  uma mensagem de optimismo,  recordando que é possível «reactivar os sonhos» e «vencer, se nos mantivermos unidos e se os sacrifícios forem repartidos de forma igual». «Assim, temos razões legítimas para sonhar . As mesmas razões que há 37 anos nos deram motivos para acreditar», sublinhou. É com estas mensagens, de esperança, que Platonismo Político também acredita ser possível vencer as dificuldades e sermos os heróis da revolução que hoje vivemos e travamos.

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