A vitória não é de ninguém: é do Bloco Central autárquico


No rescaldo da longa noite eleitoral de ontem à noite, muito aqui se poderia dizer. Registar a subida do PS no poder autárquico e o alargamento da base local do PSD. Não houve surpresas de maior, tirando o facto de o PSD ter perdido Leiria e Tavira para o PS. De resto manteve todos os bastiões que já detinha: Porto, Viseu, Santarém, Guarda. Lisboa não pode ser contabilizada nestas contas já que era natural a vitória de António Costa. Mesmo não tendo sido favas contadas e Santana ter surpreendido mais do que se esperaria, a verdade é que o PS consegue na capital do País um resultado claro e importante, tendo sido a primeira vez que uma coligação de direita perde na capital.

Recordar também o avanço de movimentos independentes que começam a mostrar o desencanto com os partidos. Já a CDU, o Bloco e o CDS continuaram como estavam: igual a si mesmos na implantação autárquica. Dos autarcas recandidatos com problemas na Justiça, apenas Isaltino e Valentim mostraram que em Oeiras e Gondomar, o povo decide autonomamente. Em Felgueiras, Marco de Canaveses, Matosinhos e Leiria a corrupção levou nota negativa. Mas e se é nas urnas que se legitima o voto e a governação, a verdade também é que o mapa autárquico está hoje recomposto, por mais quatro anos.

Se o PSD ganhou em câmaras, o PS ganhou em votos. Agora, é governar até 2013.

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