A falta de vergonha de Carlos César

Carlos César

Carlos César perdeu definitivamente a vergonha e o sentido de Estado que devia, no mínimo, caracterizar um político, no caso, um líder regional. O presidente do Governo açoriano acusa o Tribunal Constitucional de fazer o jogo do Presidente da República a propósito da sua decisão de declarar inconstitucionais vários preceitos do Estatuto dos Açores. Em declarações ao Expresso, o protegido de Sócrates, afirmou «já estar habituado a ter notícias do professor Cavaco Silva nas férias». «Faço parte das pessoas deste país, nas quais não se conta o professor Cavaco Silva, que lutaram pela autonomia e que levaram pancada da Frente de Libertação dos Açores. A minha história permite-me falar à vontade», acrescentou. César está igual a Jardim: um ditadorzinho que não se conforma com uma decisão de um órgão de soberania que dá razão ao Presidente. Não é a Cavaco, o político, mas sim à figura institucional. A vergonha tem limites e Carlos César perdeu-a toda.

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