A morte (mais que certa) no tribunal da praça pública

Mais um fim-de-semana em que o Primeiro-Ministro é bombardeado pelo caso Freeport. Duas testemunhas contactadas pelo Expresso mantêm o que Manuel Pedro disse, várias vezes, que tinha dado dinheiro a Sócrates — 500 mil contos (2,5 milhões de euros) . Pedro nada diz, Smith cala-se e o ex-presidente do Freeport, procurado pelas autoridades, está em França, vive uma autêntica vida de luxo e mente aos jornalistas sobre a sua identidade. O caso promete tomar proporções graves.
Sócrates não aguentará muito tempo a pressão da investigação da comunicação social que, sabemos, é mais rápida (e confusa) que a da Justiça. Mas corremos também o risco de se assassinar um político. E se não existir crime de «luva branca» veremos a morte de Sócrates, in loco, na praça pública. Talvez a esta hora Sócrates já se tenha socorrido de Ferro, o homem que também, injustamente, foi morto pela comunicação social. A dimensão e consequência política do caso também poderão ser nefastas, já que em causa está o Primeiro-Ministro de Portugal. Veremos até onde vai o caso mas muita tinta há para escrever sobre um assunto que está ainda longe do fim.

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