A farpa de Almeida Rodrigues

Almeida Rodrigues

É sempre assim. Ao início são elogios atrás de elogios. Mas depois, ao sabor das conveniências, lá aparecem as farpas e as críticas escondidas. Hoje, ao fim de poucos meses no exercício do cargo, o director da PJ, Almeida Rodrigues, criticou o seu antecessor, Alípio Ribeiro, a propósito de um artigo de opinião — no Diário Económico de hoje — em que Alípio Ribeiro considera que o arquivamento precipitado do caso «Maddie» pode prejudicar o seu esclarecimento posterior.
Almeida Rodrigues faz questão de dizer que Alípio «não ficou propriamente conhecido pelos seus dotes de investigador». Já agora podia ter ido mais longe e falar das relações amistosas entre o ex-director nacional da PJ e o actual ministro da Justiça, Alberto Costa. Mas esta, Alípio podia ter evitado ouvir. Além de que, se bem nos lembramos foi Alípio Ribeiro quem disse, pela primeira vez, que o caso «Maddie» iria muito provavelmente ser arquivado. Está, pois, tudo dito.

Comentários

JN disse…
Não posso estar mais de acordo com o Almeida Rodrigues. De facto, o AR (Alípio Ribeiro) distinguiu-se mais pelos silêncios ensurdecedores e pelas «gaffes» que cometeu do que como investigador. Acresce que o que agora disse ao DE contradiz o que disse quando dirigia a PJ (como tu recordas e muito bem). E o facto de o processo ter sido arquivado não significa de todo que a PJ não continue a fazer diligências sempre que estas se justificarem. Mas a troce da galhardetes entre o anterior e o actual directores da «judite» mostra , de algum modo, como soam a falso os «elogios» e as «palmadinhas nas costas» nos momentos solenes. E os AR trocaram alguns entre-si.

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