A Capital


31 de Julho de 2005. Há três anos saía para as bancas o último exemplar de A Capital. A efeméride, triste, tem de ser lembrada. Nem que seja pela memória do Torcato. Foram muitas as estórias e histórias vividas no n.º 24 da Basílio Telles. Não há «fins» eternos. Nem os do cheiro da tinta fresca pela manhã morreram. Não há nada para enterrar. Tudo já foi feito cinza. Todos já se desagregaram. Restam sobreviventes. Em barcos diferentes e onde o orgulho é o mesmo. Para nós, jornalistas, que tivemos o privilégio de ser filhos de uma Capital maltratada por quem nunca gostou dela, basta-nos a escrita. Seja onde for, sobre que assunto for e em que circunstância for. A menina dos olhos do Appio já não existe, é certo, e acabou por perecer nas mãos dos espanhóis. Qual tempo dos Filipes! Tempo de globalização e concentração que atinge onde mais dói: no coração do jornalismo mais puro. Não se comemora aqui, neste blogue, uma efeméride triste, apenas a recordamos, porque, mesmo que fatídica, ela marcou todos e cada um de nós!

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